Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós
(José Niza)
“O ficarmos sós…”,
Apesar de todos os erros de 32 anos de juventude, o regresso da liberdade não tem preço.
“Tu vieste em flor / Eu te desfolhei / Tu te deste em amor / Eu nada te dei”
Parecem mesmo versos proféticos.
Resta-nos a nossa esperança, a nossa coragem de sacudirmos os grilhões com que nos querem prender a todo o momento.
terça-feira, abril 25, 2006
segunda-feira, abril 10, 2006
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