O dia de hoje, em Portugal, ficou marcado pela informática.
Em Lisboa, aterrou o William H. Gates e numa escola do Portugal profundo foi dado por terminado o grande esforço nacional de ligar todas as escolas à Internet via ADSL.
O Bill Gates veio assegurar mais 4 gerações de fiéis consumidores dos seus produtos. Ao oferecer-se para dar formação a tanto cidadão lusitano, irá criar mais um largo grupo de utilizadores das soluções Microsoft. Já não tem tanto a ver com o problema do sistema operativo, mas muito mais com o conjunto vasto de aplicações que cada vez mais gente utiliza de bom grado e com óptimos resultados.
Um grupo de pessoas tentou efectuar uma acção de protesto pelo monopólio do Windows, tentando forçar a ideia de que o monopólio do Linux é muito mais libertador.
Dá para rir… Nem o Steve Jobs defende essa ideia peregrina para o sistema Mac OS X, antes o apresenta como “o outro” sistema operativo, para “as outras” pessoas. Visto assim, o Mac OS X até parece interessante. E não deixa de ter um core Unix.
Os defensores do “software livre e aberto” – o Linux – defendem a necessidade de o governo obrigar as suas instituições a utilizar em exclusivo este sistema operativo.
A ideia até nem será má de todo, mas a curva de aprendizagem necessária para resolver os pequenos problemas do dia-a-dia de um utilizador “leigo” nas diversas versões do Linux – desde a impressão de uma folha, a instalação de uma impressora, o acesso a uma pen-drive ou a instalação de um disco externo para backup – obrigaria a muitas semanas de formação intensiva, ou à presença de um técnico bem formado para dar assistência a toda a organização. Constantemente.
O facto é que a Microsoft soube tornar-se ubíqua graças a uma estratégia de formação e de criação de necessidade no mais anónimo cidadão. Não foi pela força. Foi pela sedução. Isso já não será monopólio. Será genialidade.