domingo, dezembro 24, 2006
Bom Natal!
Que sejam sempre bons para todos nós estes dias de família, alegria, partilha e amor e que nos deixem boas memórias pela vida fora.
domingo, novembro 12, 2006
sábado, outubro 14, 2006
Eles perderam o norte... e o centro...
A Federação Distrital de Coimbra do PS está furiosa com a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, por esta ter substituído o líder da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), Carlos Jorge Gomes, por "uma senhora professora de Viseu", Engrácia Castro.
"Não terá o PS, em Coimbra, militantes de reconhecida competência para lugares de topo na DREC?", questionam os dirigentes socialistas, que criticam a ministra, também ela "independente", por não pedido a opinião do presidente da "distrital" e lançam duas perguntas "Para o Governo será proibido ser do PS? E ser do PS em Coimbra?".
Solução???
Acabem com a DREC.
Ninguém sabe para que serve.
quinta-feira, julho 20, 2006
Finis coronat opus
Eis-nos chegados a mais um fim de ano lectivo.
Foi um ano, a todos os títulos, excepcional:
- pelos professores que estiveram na escola;- pelas constantes alterações legislativas que foram sendo produzidas pela tutela;- pelas novidades introduzidas no dia a dia dos professores, alunos e pessoal não docente;- pela quantidade e falta de qualidade das reuniões a que tivemos que assistir;
Mas, apesar de tudo isto, o ano terminou.Os docentes que este ano viveram na EBI da Torreira assumiram a escola como uma unidade orgânica, viva, com quem estabeleceram uma relação muito saudável. Houve uma ou outra excepção, mas até esses foram percebendo a dinâmica que estava a ser criada e foram-se adaptando, ou pelo menos disfarçando. A esmagadora maioria percebeu logo nos primeiros dias que uma escola nunca depende das vontades de uma ou de outra ministra nem das palavras de ordem de este ou daquele sindicato, e soube criar um ambiente de família entre si. Souberam trabalhar com os alunos e conseguiram que o currículo fosse cumprido.
Uma avaliação é sempre subjectiva.
Há 5 anos que observo esta escola e nela vivo. Concluo que há professores que lhe fazem falta mas que nunca mais regressam. São sempre os que mais a vivem e a ela dedicam parte da sua vida e do seu sossego. Vivem sob a espada do contrato a termo certo e partem com a mochila ao ombro, acenando com as lágrimas que querem esconder. Raramente regressam. Os alunos perguntam por eles. Espreitam a sala dos professores para ver se eles regressaram entretanto. Mas em vão.
Há muitos outros professores que, de igual modo, também se dedicam a tempo inteiro a estes alunos carentes e exigentes. Regressam e vão criando “escola”, vão afirmando uma cultura própria que se espera venha a dar frutos. Nem sempre são compreendidos pelos pais. Acusam-nos de excesso de exigência, de arrogância ou, pelo contrário, de nada saberem ensinar. Ou seja: se a criança levar uma positiva, o professor é atinado... se apanhar uma negativa, o professor não presta. Já estamos habituados. E ainda há quem sonhe em tê-los numa hipótese de avaliação do trabalho docente...
Foi um ano de muitas alegrias. As exigências do ministério passaram completamente ao lado da Torreira. Nem lhes sentimos as dores que todos lhe berravam nas avenidas. Não sentimos nem lhe ligámos pois essas exigências chegaram à Torreira com um atraso de 4 anos. Só isso. Há 4 anos que andávamos a trabalhar no esquema que a Lurdes descobriu nas gavetas do Marçalo Grilo. A diferença é que a Lurdes exige que tenhamos menos professores a trabalhar. Coisas de “gaja”, dirão os alunos. Concordo.
Andámos por Coimbra, Viseu, Coimbra, Viseu, Aveiro, Coimbra... uma peregrinação de desatinos secretariais sem tino. Coisas de “gaja” e dos seus “gajos”... tipo ciganos. Tudo espremido, dava uma página A4 de rabiscos. E muitos euros em ajudas de custo e deslocações... para quem tanto quer poupar, olhem que é obra! Tanto quilómetro para nada melhorar na educação que tantos querem mudar.
Os exames nacionais do ensino básico vão provando que as “aulas de substiuição” não ajudaram em nada ao sucesso dos alunos. Bom... mas isto é outra conversa para as longas noites de inverno.
Por hoje, rendo a minha homenagem aos “meus” professores e ao “meu” pessoal não docente que souberam elevar-se da confusão e, por entre greves e contestações que ignoraram, souberam o que era o mais importante, assumindo-se como excelentes profissionais que sempre serão.
Fica a minha homenagem e a esperança amiga de vos voltar a receber às portas da “nossa” escola.
domingo, junho 18, 2006
Office 2007 Beta 2
Percebe-se, agora, que a Microsoft, afinal, tem andado muito atenta ao mundo da edição dos Blogs, pois a versão Beta do futuro Office 2007 já integra um editor e sistema de envio, permitindo que os utilizadores possam “blogar” sem ter que sair do ambiente office. Um bom toque de atenção ao mundo real.
Este post foi editado no Ms Word 2007 beta2 e enviado directamente.
terça-feira, abril 25, 2006
A nossa Primavera
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós
(José Niza)
“O ficarmos sós…”,
Apesar de todos os erros de 32 anos de juventude, o regresso da liberdade não tem preço.
“Tu vieste em flor / Eu te desfolhei / Tu te deste em amor / Eu nada te dei”
Parecem mesmo versos proféticos.
Resta-nos a nossa esperança, a nossa coragem de sacudirmos os grilhões com que nos querem prender a todo o momento.
segunda-feira, abril 10, 2006
sexta-feira, março 10, 2006
Antes fechar que arranjar...
Estranho.
Infelizmente, Portugal e muitos dos seus servidores têm a peregrina ideia de que melhor que manter, conservar, é encerrar e mandar para outro lado.
Não referem a diminuição da procura. Apenas as condições físicas e higiénicas.
Essa doença tão interessante foi a causa do encerramento do nosso hospital, do serviço de raio-X, dos partos, das cirurgias.
Antes fechar que arranjar.
Deve ser um novo lema.
domingo, fevereiro 26, 2006
Carnaval Infantil da Murtosa 2006
Mais um momento de grande alegria para as crianças, professores e pais. Apesar da chuva, apesar de haver, mais uma vez, apenas o António Victor Cardoso a segurar a organização.
Para ele a minha homenagem e respeito. Pela coragem de ficar sozinho. Pela coragem de mandar sair o corso, apesar das vozes contra. Pela coragem de amar a Murtosa.
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
São falsas e tendenciosas as afirmações sobre atitudes de tirania ou controlo absoluto. O actual Provedor, ao contrário de outrora, nem sequer abre o correio… apenas o recebe devidamente registado e classificado pelos serviços administrativos. É falso que o responsável pelo aprovisionamento seja um segurança: é apenas um funcionário que se preocupa com o aprovisionamento das diversas valências da Santa Casa controlando a despensa. Só isso. Se namora com a Directora do Lar, é um problema pessoal a que a Instituição é alheia. Ou deveria o Provedor proibir tal acontecimento? Creio que não. O referido funcionário dormiu durante alguns meses num quarto do sótão da Santa Casa. Esse facto fez com que ele auferisse um vencimento inferior como desconto pela utilização desse quarto. Não dormiu na santa casa para controlar fosse o que fosse, tendo até ajudado as funcionárias em momentos de falecimento de utentes durante a noite.
É falso o preço exorbitante pago pela aquisição de um computador. Foram adquiridos nesse ano nada mais que 8 computadores e impressoras e instalado um servidor e respectiva rede informática para fazer face às necessidades. Os computadores pré-existentes eram insuficientes e ineficazes para o trabalho que era requerido. Foi nesse ano que a Contabilidade passou a ser feita dentro dos serviços administrativos e não fora.
O Infantário tem uma direcção administrativa e uma direcção pedagógica nomeada pela Mesa Administrativa em que a Directora Pedagógica é a Educadora Alcina. A Direcção Administrativa cabe, por inerência de funções, à Directora Técnica do Lar que, por excesso de trabalho, pediu ao Provedor que delegasse essas funções noutra pessoa. Anteriormente a delegação de funções era atribuída a uma educadora. Esse facto obrigava a um encargo monetário para a Instituição. O Provedor, por decisão unânime dos restantes membros da Mesa Administrativa, delegou essa tarefa na D.Dulce Vasconcelos, minha esposa. Este trabalho é feito a nível voluntário, sem qualquer encargo para a Instituição. Hoje, o Infantário está quase em lotação máxima, fruto da qualidade pedagógica e das instalações que oferecemos às crianças. Perguntem às Educadoras e às Auxiliares da Acção Educativa se vêem nisso prejuízo para o Infantário ou se o trabalho da Dulce tem sido negativo para o Infantário.
O Apoio Domiciliário tem 30 utentes e não 3… uma ligeira diferença. Funciona 24 horas por dia e tem um sistema de atendimento e triagem durante a noite, em que uma equipa pode deslocar-se a casa do utente se se verificar ser necessário ou encaminhar a urgência para os Bombeiros.
Não há diferendos com o pessoal. Há ajustamentos e obrigações a cumprir de acordo com os normativos legais em vigor. Os horários têm sido ajustados de acordo com as necessidades dos utentes e dos serviços que temos que prestar, tendo em conta as dificuldades que todos sentimos.
Creio que as coisas estejam bastante equilibradas neste momento.
Exerci durante algum tempo as funções de assessor para a informática da Câmara Municipal da Murtosa. Nessa altura informatizei os serviços camarários, num tempo em que as redes informáticas apenas existiam nas universidades e em organismos de topo. Formei os colaboradores da autarquia ensinando-os a utilizar ferramentas informáticas como o Word e o Excel e o FileMaker. As Actas passaram a ser informatizadas. Os vencimentos passaram a ser processados informaticamente; o consumo de água passou a ser facturado e controlado. As aplicações informáticas foram desenvolvidas por mim. E pagavam-me 30 contos por mês. Oito anos mais tarde estava a receber 60 contos por mês. A Universidade do Minho queria 4000 contos para fazer uma aplicação informática e sem qualquer apoio.
Na Santa Casa instalei a rede informática, os computadores, as aplicações feitas por mim, dou assistência aos computadores e impressoras, dou alguma formação às funcionárias quando precisam. Sempre gratuitamente.
O espólio bibliográfico existe, intocado, está registado em base de dados, está presente nas estantes da Biblioteca, bastando visitá-la, consultar a base de dados, ver os livros, tocar-lhes se tiverem dúvidas. Nunca de lá saíram.
A minha falecida mãe foi utente do Centro de Dia da Santa Casa antes de eu ser provedor. Logo que fui eleito ela nunca mais frequentou os serviços da Santa Casa, exactamente para não haver aproveitamentos desse facto.
O que o José Augusto Tavares Gurgo e Cirne deseja é manchar o bom nome da Instituição e o meu. Atingindo-me, espera criar dúvidas nas pessoas, de forma a poder travar a sua guerra pessoal. O José Augusto nunca dará a cara em público nem nunca colocará de viva voz os seus problemas. Ele prefere atirar as pedras de longe e deixar as dúvidas no ar.
Na Santa Casa da Misericórdia da Murtosa não há dúvidas. Somos pessoas honestas, íntegras, correctas e fazemos o nosso melhor de forma voluntária e sem qualquer recompensa. Não merecemos a lama que o José Augusto nos atira nem a Santa Casa precisa dos seus conselhos.
A minha afirmação sobre a cobardia dele é um facto. Ele ser cobarde, também é facto. As afirmações dele sobre mim e sobre o meu trabalho na Santa Casa são mentiras fabricadas por ele e que serão desmistificadas na próxima Assembleia Geral do dia 19 de Março de 2006, Domingo, pelas 13:30.
Como já disse, a Santa Casa está muito acima e para além de todos os seus provedores. E a minha presença nos órgãos sociais da Irmandade só se verificará enquanto os irmãos assim o desejarem. Ser provedor é, de facto, uma honra. Assumo-o com a humildade com que sempre assumi outros cargos ao longo da minha vida. É uma responsabilidade que assumi conscientemente mas à qual não estou agarrado como um desesperado.
Tenho uma carreira de 20 anos de docência de que muito me honro e de 9 anos em órgãos de gestão. Faço o melhor que sei e posso, sempre com a clara consciência de não ter feito tudo.
A Murtosa merece muito mais que pessoas vis como o José Augusto Tavares Gurgo e Cirne.
domingo, fevereiro 19, 2006
"Na sequência da publicação do texto do Sr. José Augusto Tavares Gurgo e Cirne relativo à Santa Casa da Misericórdia da Murtosa e seu Provedor, a Mesa Administrativa repudia as afirmações produzidas pela pessoa em causa já que são eivadas de erro, ignorância, ódio e despeito.
Não é procedimento desta Mesa Administrativa dar resposta ou acolhimento a textos
produzidos por mentes doentes e necessitadas de tratamento especializado, muito
embora as obras de misericórdia nos sejam familiares.
O local próprio para discutir os assuntos da Santa Casa da Misericórdia da Murtosa é nas Assembleias Gerais dos Irmãos. Há muitos anos que não vemos a pessoa em causa
nessas Assembleias Gerais de Irmãos, pelo que apelidamos de cobardia as afirmações e acusações falsas com que o sr. José Augusto Tavares Gurgo e Cirne tentou sujar o
bom nome da Instituição e das pessoas que, voluntária e gratuitamente, a servem.
Desafiamos o sr. José Augusto Tavares Gurgo e Cirne a fazer-se presente numa das
Assembleias Gerais de Irmãos para pedir os esclarecimentos que achar por bem em vez de cobardemente produzir insinuações pejadas de ódio e despeito. A verdade, se ele a
busca, deve ser encontrada fora do seu cérebro doente."
/...
Se procurarem bem, na listagem disponível no site indicado, encontram todos os livros que o cobarde e ignorante afirma terem sido roubados.
A ter havido roubos, não foi nesta gestão. O cobarde e ignorante sabe-o bem.
E há testemunhas que também o sabem. E vão afirmá-lo em sede própria.
sábado, fevereiro 04, 2006
Biblioteca Dr. José Tavares Afonso e Cunha
Os leitores apenas têm que deslocar-se à Santa Casa da Misericórdia da Murtosa, em horário de expediente, e efectuar o seu registo junto da funcionária da Biblioteca, apresentado o seu Bilhete de Identidade.
Ser-lhe-á emitido um cartão de leitor e a partir daí poderá consultar os livros que estão patentes nas estantes.
Uma vez que se trata de uma biblioteca particular, não há disposição para o empréstimo domiciliário, mas os leitores, estudantes ou pesquisadores poderão consultar as obras na sala da Biblioteca.
Dispõem de mesa, luz e acesso wireless à internet, se assim o desejarem.
Neste momento está on-line a listagem geral das obras catalogadas. Em breve iremos dispor de um sistema informatizado de pesquisa da base de dados.
Aproveitem.
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
SAP(os) que não iremos engolir !
O SAP do Centro de Saúde da Murtosa estará entre aqueles que irão terminar em breve.
Que reacção há da parte dos murtoseiros? Nada.
Que opinião têm as entidades que deveriam ter opinião?
Da Santa Casa posso adiantar que há toda a vontade de lutar contra essa ideia infeliz, tanto mais que as instalações onde, abusivamente, se instalaram os actuais serviços de saúde são sua propriedade.
Ouve-se falar na ideia de deslocar o Centro de Saúde para a Extensão de Saúde do Bunheiro, encerrando o actual Centro de Saúde. A ideia é genial, no mínimo.
Defende-se que as situações de urgência passarão a ser solucionadas pelo INEM… ou seja: um idoso com um AVC ou com um ataque cardíaco das duas uma: ou desloca-se para Aveiro ou Estarreja, ou telefona para o INEM e espera, na melhor de todas as hipóteses, 45 minutos pelo socorro do INEM. Ou falece a esperar...
Que serviço de saúde é este?
Quem ficará a ganhar com tudo isto serão, certamente, as Câmaras Municipais, pois poderá haver um aumento significativo de pagamento de taxas de inumação.
Ficamos à espera de algum tipo de reacção concertada… na ausência dela, talvez a Santa Casa volte a chamar os Murtoseiros para uma intervenção na defesa dos interesses da Murtosa.
terça-feira, janeiro 31, 2006
As Tecnologias e as Escolas
Mas só isso… e nem isso.
O Reino Unido há uns anos atrás andava a estudar a “National Grid for Educational Computing”, e nós estávamos a instalar ligações RDIS nas escolas secundárias de Portugal. Eles andavam a tentar perceber o que fazer nas escolas com os computadores, e nós estávamos a enterrar o projecto Minerva e a fazer nascer muitos outros projectos mais localizados nas escolas e a distribuir centenas de PC’s pelas escolas básicas e secundárias. Eles andavam a preparar um currículo nacional de TIC e nós andávamos a criar os cursos técnico-profissionais de informática.
Creio que nessas andanças fomos pioneiros e arrojados. Numa altura em que a França andava a distribuir uns computadores pequenos e sem futuro ou a instalar terminais de vídeo-texto (alguém se lembra deles???), Portugal andava a instalar PC’s IBM compatíveis nas escolas de norte a sul e a dar formação a milhares de professores através do Projecto Minerva.
Que falhou nisto tudo?
O elemento humano. Apenas.
Uma grande maioria de professores recebeu a formação, aprendeu novas tecnologias, aplaudiu e foi à sua vida. Ficou à espera que o ministério mantivesse as reduções de horas lectivas para continuar a ir às formações e a participar nos projectos novos. Não houve investimento pessoal sério nesta área.
Claro que muitos investiram em si próprios e foram avançando, mas foram sempre sendo apontados como “anormais” e estranhos, pois faziam coisas que os outros não sabiam fazer – já tinham visto ser feito numa das acções de formação, mas nunca mais acharam que isso tivesse a ver com a vida normal.
As escolas evoluíram bastante desde esses tempos relativamente recuados!
Hoje todas têm computadores bastante potentes, redes informáticas, acesso à Internet de forma livre e total. Os professores tiveram anos e anos de formação em aplicações informáticas e foram contactando com diversas respostas pedagógicas para as suas unidades didácticas apoiadas por tecnologia. Muitas escolas têm acessos wireless que permitem que os docentes e os alunos possam utilizar os seus portáteis nas salas de aula ou de trabalho.
Este panorama nem sempre é compreendido pela comunidade que dá muito valor à imagem mediática de quadros interactivos, mesmo sem saber da sua real utilidade. Os professores têm acesso a alguns recursos. Bastará que queriam investir algum do seu tempo na partilha de ideias e de métodos. Mesmo que o ministério não nos dê os computadores pessoais que andou a anunciar aos jornalistas. Mesmo que não tenhamos tudo o que sonhamos, bastará saber usar bem o que temos hoje.
Linux por decreto ?
Em Lisboa, aterrou o William H. Gates e numa escola do Portugal profundo foi dado por terminado o grande esforço nacional de ligar todas as escolas à Internet via ADSL.
O Bill Gates veio assegurar mais 4 gerações de fiéis consumidores dos seus produtos. Ao oferecer-se para dar formação a tanto cidadão lusitano, irá criar mais um largo grupo de utilizadores das soluções Microsoft. Já não tem tanto a ver com o problema do sistema operativo, mas muito mais com o conjunto vasto de aplicações que cada vez mais gente utiliza de bom grado e com óptimos resultados.
Um grupo de pessoas tentou efectuar uma acção de protesto pelo monopólio do Windows, tentando forçar a ideia de que o monopólio do Linux é muito mais libertador.
Dá para rir… Nem o Steve Jobs defende essa ideia peregrina para o sistema Mac OS X, antes o apresenta como “o outro” sistema operativo, para “as outras” pessoas. Visto assim, o Mac OS X até parece interessante. E não deixa de ter um core Unix.
Os defensores do “software livre e aberto” – o Linux – defendem a necessidade de o governo obrigar as suas instituições a utilizar em exclusivo este sistema operativo.
A ideia até nem será má de todo, mas a curva de aprendizagem necessária para resolver os pequenos problemas do dia-a-dia de um utilizador “leigo” nas diversas versões do Linux – desde a impressão de uma folha, a instalação de uma impressora, o acesso a uma pen-drive ou a instalação de um disco externo para backup – obrigaria a muitas semanas de formação intensiva, ou à presença de um técnico bem formado para dar assistência a toda a organização. Constantemente.
O facto é que a Microsoft soube tornar-se ubíqua graças a uma estratégia de formação e de criação de necessidade no mais anónimo cidadão. Não foi pela força. Foi pela sedução. Isso já não será monopólio. Será genialidade.